Skip to main content Skip to search Skip to header Skip to footer
Original para a Internet

Vencer a resistência ao progresso espiritual

DO Arauto da Ciência Cristã. Publicado on-line – 13 de maio de 2024


Você alguma vez já sentiu relutância em progredir espiritualmente? Refletindo sobre isso, um dia, veio-me à mente um parágrafo do livro Ciência e Saúde com a Chave das Escrituras, de Mary Baker Eddy. O título marginal desse parágrafo é “O pensamento elevado”, e ele conclui: “…Assim continua o despontar das ideias, formando cada fase sucessiva de progresso” (p. 506). Isso me remeteu à importância de nos rendermos continuamente à Mente divina, Deus, que está sempre nos transmitindo pensamentos novos e iluminados para nos elevar a uma visão espiritual a respeito da criação, visão essa que inclui cada um de nós.

Mas, e se nos sentirmos paralisados ou incapazes de ceder às inspirações divinas? Como podemos superar essa aparente resistência? Nossa relutância pode assumir formas óbvias, tais como: “Eu simplesmente não estou disposto”, “Não sei como fazer isso” ou “Vou trabalhar nisso na próxima semana”. Ou a resistência pode ser mais sutil, porque talvez nem estejamos nos dando conta de que é o pensamento do mundo que está nos influenciando, talvez com sugestões tais como: “É hora de outra pessoa pensar isso”, “De qualquer forma, minha oração não servirá de nada” ou “Ficaria feliz se este fosse meu único problema”.

Todas essas são formas de resistência impessoal ao progresso espiritual e à Bíblia, à autoridade da Palavra de Deus, a qual contém inúmeras verdades poderosas que podem nos ajudar a superar a relutância. Por exemplo, Jó, que enfrentou muitos problemas físicos, bem como os argumentos persistentes e desanimadores de seus amigos, parecia ter bons motivos para relutar em seguir em frente. Mas, em vez disso, ele afirmou a natureza de Deus nesta oração: “…se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso fará. Pois ele cumprirá o que está ordenado a meu respeito…” (Jó 23:13, 14) — e isso deu-lhe forças para continuar progredindo.

A Bíblia descreve o homem como criado por Deus à Sua imagem e semelhança (ver Gênesis 1:26, 27). Referindo-se a isso, a Sra. Eddy cita uma tradução do islandês desses mesmos versículos: “E disse Deus: Façamos o homem segundo a nossa mente e nossa semelhança; e Deus deu forma ao homem segundo a Sua mente; Ele lhe deu forma segundo a mente de Deus; e os formou homem e mulher” (Ciência e Saúde, p. 525).

Aqui está um reconhecimento poderoso de que Deus é a única Mente verdadeira, que faz tudo bom, e que o homem (a identidade real de cada um de nós) é moldado na semelhança espiritual e inteiramente boa dessa Mente. Reconhecer que a Mente, a Verdade divina, é a única fonte verdadeira do pensamento, nos liberta da inércia, do medo de uma mudança ou do orgulho. A resistência ao progresso nunca é pensamento nosso. Se parece que estamos relutantes em progredir, isso é apenas a sugestão de que o esforço começa na mente humana, em vez de ser impelido pela Mente onipotente.

Cada um de nós é divinamente dotado de um senso espiritual que nos é inato, o qual inclui a capacidade e a vontade de compreender como seguir em frente espiritualmente. Impelido pela Verdade divina e fortalecido pela lei divina, o progresso não pode ser boicotado nem mesmo interrompido pela relutância em exercer de modo consistente esse senso espiritual e prestar atenção a pensamentos elevados. Podemos então nos alegrar com o Salmista que cantou: “Tirou-me de um poço de perdição, de um tremedal de lama; colocou-me os pés sobre uma rocha e me firmou os passos” (Salmos 40:2).

Certo dia, notei que meus pés e pernas estavam inchados. Comecei a orar como havia aprendido na Ciência Cristã, mas no dia seguinte o problema estava pior. Continuei a orar. No terceiro dia, permaneci determinado no fato de que minhas próprias orações seriam suficientes. Então minha esposa lembrou-me desta orientação de Ciência e Saúde: “Se os alunos não se curam rapidamente, devem recorrer logo a um Cientista Cristão experiente para ajudá-los. Se relutam em fazer isso para o próprio bem, basta que saibam que o erro não pode produzir essa relutância desnatural” (p. 420). Hum — “relutância desnatural”? Isso me levou a afirmar que, como filho da Mente única, eu não tinha nenhuma relutância em fazer o que era necessário para progredir e ser curado. Por isso, eu não poderia resistir a pedir ajuda a um Cientista Cristão experiente.

Liguei para um praticista da Ciência Cristã e pedi que orasse por mim. A primeira coisa que o praticista me disse foi: “…a maldição sem causa não se cumpre” (Provérbios 26:2). Depois de falar sobre mais algumas ideias do que é espiritualmente verdadeiro, o praticista concordou em orar por mim e desligamos.

O resultado de quebrar aquela relutância desnatural, e ouvir as verdades que o praticista declarou, foi uma quietude imediata em meu pensamento. O versículo da Bíblia ressoou em mim. Se Deus, o bem, é a única causa, então em realidade não há nada que possa produzir algo contrário ao bem.

O segundo capítulo do Gênesis, no qual um indivíduo chamado Adão é criado do pó e depois amaldiçoado, é uma alegoria que descreve a crença de que a vida seja material. Essa alegoria representa a afirmação de que o homem possa ser espiritual e material. Tal alegação de que o homem existe em um mundo de dualismo levaria à conclusão de que o bem pode ser interrompido e a saúde pode ser minada e de que existe um homem mortal tentando tornar-se mais espiritual. Compreendi que as coisas não são assim.

A seguinte declaração ajudou a elevar ainda mais meu pensamento: “A grandiosa verdade na Ciência do existir, de que o homem real era, é, e sempre será perfeito, é incontrovertível; pois se o homem é a imagem, o reflexo, de Deus, não é nem invertido nem subvertido, mas é reto e semelhante a Deus” (Ciência e Saúde, p. 200). A fábula de um mortal sofrendo por ter sido criado do pó era uma “maldição sem causa”. Eu não participaria dessa fábula. Naquela noite, o inchaço começou a diminuir, e logo tudo ficou normal.

Fiquei grato pela cura, mas ainda mais grato pela lição aprendida. Não importa a forma que a relutância ao progresso espiritual possa assumir, o Cristo — a mensagem do Amor divino, Deus — pergunta gentilmente, mas com firmeza, e de uma forma significativa para cada um de nós: “Queres ser curado?” Foi isso o que Jesus perguntou a um homem que não andava havia 38 anos (ver João 5:2–9). Uma resposta afirmativa abre o pensamento à influência inspiradora do Cristo; a relutância ao progresso espiritual desaparece; e a Verdade sanadora tem então curso livre.

Para conhecer mais conteúdo como este, convidamos você a se inscrever para receber as notificações semanais do Arauto. Você receberá artigos, gravações em áudio e anúncios diretamente via WhatsApp ou e-mail.

Inscreva-se

More web articles

A missão dO Arauto da Ciência Cristã 

“...anunciar a atividade e disponibilidade universal da Verdade...”

                                                                                        Mary Baker Eddy

Conheça melhor o Arauto e sua missão.